sábado, 29 de agosto de 2009

Por Amar Demais


Meu amor, não suporto esse silêncio atroz,
nas noites de vigília e intensa nostalgia,
onde falo contigo e só ouço o som da voz,
do coração que por ti clama em lenta agonia.

Por que foi que aos sonhos a vida entreguei,
escalando montanhas pensando alcançar,
a estrela distante que por tanto tempo amei,
sempre presente na luz de meu triste olhar.

Meu amor, como foi que te perdi, não sei!
talvez porque não me deixaste explicar,
as razões e as longas horas que me torturei,
sofrendo tanto por não poder te encontrar.

Tão perto estavas do calor de minha paixão,
dos beijos ardentes que para ti guardei,
que não poderia dissimular toda emoção,
num momento mágico pelo qual tanto esperei.

Meu amor, julguei que não poderias perdoar
meu anseio incontido de querer te amar,
esquecendo convenções, testemunhas e o lugar,
beijando teus lábios sem com nada me importar.

Foi por querer demais que meus desejos sufoquei,
para não te constranger e a maledicência expor,
que todos meus sonhos mais sublimes sepultei,
naquela noite de verão em que quase morri de amor.

Meu amor, ansioso esperei, mas o telefone não tocou,
tua meiga voz desejei ouvir para me justificar,
então finalmente pude compreender o que restou,
é apenas a saudade que nunca vai me abandonar.

Hoje vivo vagando pelas estradas sem estrelas e luar,
levando n'alma tristes recordações do que passou,
e o arrependimento de não ter ido te encontrar,
sem me importar que assistissem o meu imenso amor.





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Falcão S.R - RJ




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