sábado, 12 de julho de 2008

Jogo da Vida



Quero te envolver em meu carinhos,
sem medo que queiras se entregar,
sorrindo das artimanhas do destino,
disposta a conjugar o verbo amar.

Teus lábios sequiosos por um beijo,
querendo tão somente ser amada,
teu corpo ardendo em febre de desejo,
nas longas noites que passas acordada.

O relógio marca o ritmo da solidão,
do frio leito imenso e sem calor,
no silêncio que maltrata o coração,
triste cenário que a vida te ofertou.

Sob sensual lingerie teus seios rígidos,
clamam em serem acariciados,
com saudade dos teus gemidos,
no tempo em que foram cobiçados.

Tuas entranhas é vulcão em erupção,
comprimidas por tuas coxas sensuais,
dividida entre o luxúria e a ambição,
querendo ser possuída sempre mais.

Mas o tempo passa e nada acontece,
és prisioneira do conforto material,
coisas perenes que a vida te oferece,
brilhando triste numa redoma de cristal.

Revoltada contas em versos tua história,
falando que o amor é uma utopia,
esquecendo que escolheste a trajetória,
optando por conforto e uma vida vazia.

Hoje és apenas uma mulher desprezada,
por quem escolheste como patrocinador,
que por capricho te mantém algemada,
porque sabe que nunca teve teu amor.

Em versos vou descrevendo as imagens,
de um filme que pode ter feliz final,
com ternura dissipando as tempestades,
porque meu amor não existe outro igual.

Quero te conduzir nua em noite enluarada,
pelos campos mágicos de luz e emoção,
vendo em teus olhos a paixão alucinada,
sem as grades que aprisionam teu coração.

Vou te possuir sobre a relva orvalhada,
com o vigor do alazão que nos observa,
ouvir teus gritos de prazer desesperada,
como fera no cio despertando toda selva.

Na ultima ficha que o jogo da vida te oferece,
está em tuas mãos optar pela luz e alegria,
ou viver no luxo que tua alma não aquece,
fria mansão onde és apenas estática mobília.




" Não existe tesouro que compense viver sem um amor."
* Falcão S.R *



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