sexta-feira, 31 de agosto de 2007

DESPEDIDAS




Não gosto de despedidas,
elas são sempre sofridas,
prenúncio de solidão,
um gosto amargo de saudade,
como um barco que à deriva,
se perde na amplidão.

Não gosto de despedidas,

tem cheiro de flores mortas,
são tristes como um céu sem estrelas,
tal qual um viajante em noite escura,
desesperado batendo em vão em uma porta.

Não gosto de despedidas,

elas me fazem sofrer,
trazem a certeza que para sempre,
mesmo que eu não te conheça,
nunca irei te esquecer.

Não gosto de despedidas,

sinto minha alma vazia,
o vento sopra frio, gelando minha agonia
de que ao menos tu saibas,
do quanto eu te queria.

Não gosto de despedidas,
sinto a verdade da vida,
que fatalmente um dia nos vai separar,
o "desconhecido" que nos espera chegar,
o ocaso de uma estrela,
sepulcro do verbo amar.




* Falcão S. R *

Protegido pela Lei 9.610 de Direitos Autorais.

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